Hoje, começa a semana do Movimento Fale! Contra o Abuso. Até sexta-feira (07/08), diversos blogs e a Editora Valentina unem forças para ampliar o combate o um problema muito sério, o bullying.
O bullying é uma atitude
agressiva de uma ou mais pessoas, que pode ser verbal ou física e provoca dor e
angustia a vítima. O objetivo é intimidar e/ou agredir o outro, sem que exista
qualquer possibilidade de defesa e geralmente são situações repetitivas e não existe
qualquer motivação evidente.
Apesar de ouvirmos falar sobre o
bullying de uma forma geral, Orson Camargo, Mestre em Sociologia pela
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), indica a existência de duas
categorias bullying direto, comum entre os agressores masculinos, e bullying
indireto, essa mais comum entre mulheres e crianças, tento como característica
o isolamento social da vítima.
Valentão, tirânico, ameaçar e oprimir são alguns dos significados para a palavra inglesa, bully, que dá origem ao termo bullying.
Devido a relação de superioridade
do agressor, a vítima o teme em razão das ameaças e até mesmo a concretização
da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial e
pode ocorrer em qualquer lugar, escola, faculdade, dentro da própria família,
entre vizinhos, no trabalho, etc. Os casos mais frequentes e também noticiados
são nas escolas, porém as instituições educacionais ainda insistem em esconder
essas ocorrências. Outro problema enfrentado é que quem presencia esses casos muitas
vezes se cala, por medo de ser a próxima vitima.
Bullying no Brasil
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2010, apontou que Brasília é a
cidade brasileira com maior incidência de casos de bullying. Foram pesquisadas
6.780 escolas publicas ou privadas nas 27 capitais, com alunos até o 9º ano (8ª
série).
Em Brasília, 35,6% dos estudantes
disseram terem sido vítimas desse tipo de agressão. No segundo lugar apareceram
Belo Horizonte (35,3%) e Curitiba (35,2%).
A pesquisa ainda identificou que
os meninos são os alvos mais frequentes (32,6%) do que as meninas (28,3%).
Leis
No Brasil, os bullies, agressores, podem responder
seus atos com medidas socioeducativas. O Código Penal Brasileiro também
estabelece que a negligência com os casos podem ser considerados como uma
coautoria. Os pais dos agressores também podem ser penalizados e condenados a indenizar
a vítima, além de serem processados por danos morais.
Nos casos de assedio em ambiente escola, as leis
também preveem penalização a instituição educacional, neste caso através do Código
de Defesa do Consumidor, já que prestam serviço ao consumidor e são
considerados responsáveis pelos atos que ocorram em suas dependências.
As consequências do bullying podem ser devastadoras
para as vítimas, que podem ser desde transtornos alimentares, depressão,
autoagressão e o suicídio.
Apesar de
ser uma semana dedicada ao assunto, o Movimento Fale! fale veio para ficar. Se
você é vítima de bullying ou conhece alguém que seja ou pratique esse tipo de
agressão, não se cale.
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