03 agosto 2015

Movimento Fale! Contra o Abuso - Bullying


Hoje, começa a semana do Movimento Fale! Contra o Abuso. Até sexta-feira (07/08), diversos blogs e a Editora Valentina unem forças para ampliar o combate o um problema muito sério, o bullying.

O bullying é uma atitude agressiva de uma ou mais pessoas, que pode ser verbal ou física e provoca dor e angustia a vítima. O objetivo é intimidar e/ou agredir o outro, sem que exista qualquer possibilidade de defesa e geralmente são situações repetitivas e não existe qualquer motivação evidente. 

Apesar de ouvirmos falar sobre o bullying de uma forma geral, Orson Camargo, Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), indica a existência de duas categorias bullying direto, comum entre os agressores masculinos, e bullying indireto, essa mais comum entre mulheres e crianças, tento como característica o isolamento social da vítima.
Valentão, tirânico, ameaçar e oprimir são alguns dos significados para a palavra inglesa, bully, que dá origem ao termo bullying.

Devido a relação de superioridade do agressor, a vítima o teme em razão das ameaças e até mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.

O bullying é um problema mundial e pode ocorrer em qualquer lugar, escola, faculdade, dentro da própria família, entre vizinhos, no trabalho, etc. Os casos mais frequentes e também noticiados são nas escolas, porém as instituições educacionais ainda insistem em esconder essas ocorrências. Outro problema enfrentado é que quem presencia esses casos muitas vezes se cala, por medo de ser a próxima vitima.

Bullying no Brasil
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 2010, apontou que Brasília é a cidade brasileira com maior incidência de casos de bullying. Foram pesquisadas 6.780 escolas publicas ou privadas nas 27 capitais, com alunos até o 9º ano (8ª série).

Em Brasília, 35,6% dos estudantes disseram terem sido vítimas desse tipo de agressão. No segundo lugar apareceram Belo Horizonte (35,3%) e Curitiba (35,2%).

A pesquisa ainda identificou que os meninos são os alvos mais frequentes (32,6%) do que as meninas (28,3%).  

Leis
No Brasil, os bullies, agressores, podem responder seus atos com medidas socioeducativas. O Código Penal Brasileiro também estabelece que a negligência com os casos podem ser considerados como uma coautoria. Os pais dos agressores também podem ser penalizados e condenados a indenizar a vítima, além de serem processados por danos morais.

Nos casos de assedio em ambiente escola, as leis também preveem penalização a instituição educacional, neste caso através do Código de Defesa do Consumidor, já que prestam serviço ao consumidor e são considerados responsáveis pelos atos que ocorram em suas dependências.

As consequências do bullying podem ser devastadoras para as vítimas, que podem ser desde transtornos alimentares, depressão, autoagressão e o suicídio.

Apesar de ser uma semana dedicada ao assunto, o Movimento Fale! fale veio para ficar. Se você é vítima de bullying ou conhece alguém que seja ou pratique esse tipo de agressão, não se cale. 

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