27 junho 2017

[Resenha] A Árvore dos Anjos - Lucinda Riley

Título: A Árvore dos Anjos
Título Original:
Autora: Lucinda Riley
Páginas: 496
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580417111         
Ano: 2017

Sinopse: Trinta anos se passaram desde que Greta deixou de morar no solar Marchmont, uma bela e majestosa residência na região rural do País de Gales. A convite de seu velho amigo David, ela decide retornar ao lugar para comemorar o Natal. Porém, devido a um acidente de carro, Greta não tem mais lembranças da época em que vivia na propriedade, assim como de boa parte de seu passado.
Durante uma caminhada pela paisagem invernal de Marchmont, ela encontra uma sepultura no bosque, e a inscrição na lápide coberta de neve se torna a fagulha que a ajudará a recuperar a memória.
Contudo, relembrar o passado também significa reviver segredos dolorosos e muito bem guardados, como o motivo para Greta ter fugido do solar, quem ela era antes do acidente e o que aconteceu com sua filha, Cheska, uma jovem de beleza angelical... mas que esconde um lado sombrio.
Da aclamada autora da série As Sete Irmãs, A Árvore dos Anjos é uma história tocante sobre amores e perdas, sobre como nossas escolhas de vida podem tanto definir quem somos como permitir um novo começo.


“- É a árvore dos anjos – murmurou Cheska, de repente. – Ele está aqui mamãe. Ele está aqui. Está vendo ele nos galhos?” Pg. 104

Lucinda Riley é uma autora que até hoje não ouvi e nem li ninguém falando mal. Minha primeira experiência com ela em A Casa das Orquídeas foi muito boa, apesar de eu ter ficado indignada com os desencontros que a vida trouxe para os personagens. Então para tentar entrar para o time de leitoras que amam os livros da Riley, resolvi entrar de cabeça na leitura de A Árvore dos Anjos.

Greta não possui qualquer lembrança de boa parte de sua vida antes de um acidente, e ao retornar ao Solar Marchmont para as comemorações de natal, um tumulo faz com que anos de esquecimentos comecei a chegar ao fim. Porém, algumas revelações serão muito dolorosas para a protagonista, que não teve uma vida nada fácil.

Trabalhando presente e passado, uma formula marcante de Lucinda Riley, vamos conhecendo a história de vida de Greta, de pessoas que conviveram com ela e de todos os percalços que ela passou ao longo dos anos.

Sinto-me numa corda bamba para revelar alguns desenrolares da história, pois o livro foi uma verdadeira caixinha de surpresas nesse quesito. Quando achava que a história não poderia ir por um caminho ela ia e me surpreendia.

Apesar de uma escrita encantadora e que prende muito o leitor, em determinado ponto da história achei a leitura bem maçante e cansativa. Greta de protagonista que você sente pena e acha que a vida está sendo injusta com ela, comecei a criar antipatia pelas transformações de atitude que ela teve e me fez questionar muito se a perda da memória não foi uma forma de isenta-la de algumas culpas.

Claro que a própria vida foi moldando a personagens, mas algumas de suas atitudes  me fizeram em vários momentos questionar quanto ambiciosa ela foi e não deu chances a excelentes oportunidades que teve e que poderia ter lhe proporcionado uma vida muito menos conturbada.

Mas de fato mesmo, a grande “estrela” do livro é a filha dela, Cheska, acompanhamos todas as fases de vida dela e de como o ambiente em que viveu, a falta de atenção e incapacidade da mãe em enxergar seus anseios e ouvir a filha, tornaram-na uma pessoa problemática e que não teve a assistência necessária no momento necessário.

O livro nos mostra três gerações de mulheres e a relação familiar, principalmente de mães e filhas. E em determinado ponto de critica a algumas dessas relações, já que é de forma enfática que a autora mostra o quanto nos importamos em achar que estamos fazendo bem ao outro, mas na verdade estamos sendo tóxicos e dando combustível a outras problemática, até mesmo psicológicas.

Acreditava que A Árvore dos Anjos iria me emocionar ao extremo, mas fora duas situações o livro não despertou de fato meu lado emotivo. Não considero o livro ruim, até que foi uma boa leitura, mas para quem não conhece muito da escrita da autora e vai começar, aconselho a procurar umas tramas mais recentes dela.

Esse livro foi publicado em 1995, porém caiu no esquecimento e a autora recebeu o convite de revisá-lo e publicar mais uma vez. No final da obra, a própria Lucinda fala que mudou várias coisas em relação a primeira edição para ficar mais com a cara da escrita dela hoje.

Narrado em terceira pessoa, a leitura vai de dinâmica à mais lenta e por isso pode ser uma leitura mais demorada para alguns leitores, como foi comigo.  Esse livro não me fez entrar para o time de amantes dos livros da Lucinda, mas também não me fez desistir da autora, que apesar de todos os meus porém é de fato um excelente autora e que consegue trazer livros com histórias únicas e sem cair na mesmice.

Avaliação:


12 comentários:

  1. Oii, tudo bem?
    Acredita que ainda não li nada da Lucinda? *shame*
    Os livros dela não são bem do gênero que curto, mas esse livro parece ser tãooo lindo! Parece tão real, sabe? Gosto de histórias assim. Quero muito saber o que acontece com esses personagens já que toda a vida deles é narrada.
    Vou anotar essa dica.
    Beijos.

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    1. Olá Paula!
      Como falei só li dois dela. Não são livros que me desagradam, mas esse deixou um pouco a desejar.
      Pelo ponto de acompanhar toda a vida de um personagem, realmente é uma ótima leitura e nos faz pensar muito.

      Bjs.

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  2. Olá, tudo bem?

    Comecei A Garota Italiana e achei tão lento e arrastado que desisti. Depois uma amiga que leu mais livros da autora me disse que é tudo mais puxado para o dramalhão rasgado e aí a autora saiu de vez da minha lista de leituras a serem experimentadas.

    Pelo que vi vc não ficou muito feliz com esse livro, então acho que vou deixar passar.

    bjsss

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    1. Oi Belgos.

      Olha A Garota Italiana é um livro antigo dela que foio reeditado também.
      Gostei mais de um livro mais recente dela do que essas reedições.
      Realmente a Lucinda puxa muitooo para o drama, mas tenta ler algo mais recente dela para ver se te agrada mais.

      Bj

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  3. Conheço a autora, embora não tenha lido nada dela até o momento.
    Já tinha lido resenhas desta obra e até o momento, o enredo não me chamou a atenção.
    Sua resenha passou uma nova visão sobre a obra, mas mesmo assim, ainda não me chamou atenção o suficiente. Mas como não gosto de cuspir pro alto, vou anotar a dica, porque quem sabe um dia?! :D

    beijinhos!!

    #Ana Souza
    https://literakaos.wordpress.com/

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  4. Essa é uma daquelas autoras que eu tenho bastante curiosidade para ler, mas que ao mesmo tempo me dá mta preguiça de ler.... dá pra entender? Já tinha ouvido falar que o livro é um reedição e tal, mas como disse, apesar de ter muita vontade de conhecer eu tenho preguiça também, então não sei se leria no momento.

    Raíssa Nantes

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    1. Olá Rai!
      Olha eu peguei o livro super empolgada, mas acabei caindo no ritmo de leitura.
      Se for ler algo da Lucinda, pegue realmente com todo gás. rsrsrs

      Bj

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  5. Olá! Ainda não tive oportunidade de ler nada da autora, mas sou apaixonada pelas capas de seus livros! Achei a história um pouco lenta, só de ler sua resenha. Acho que a questão da perda de memória tem que ser muito bem trabalhada para ser legal. E 3 gerações de uma mesma família achei um pouco demais para um livro só. Mas ao mesmo tempo, me encantei por esse detalhe, pois amo saber mais sobre as relações e os dramas familiares. Fiquei desanimada e curiosa ao mesmo tempo.
    Beijos!
    Karla Samira
    http://pacoteliterario.blogspot.com.br/

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  6. Olá.

    Eu ainda não li nada da autora, mas também não me interessei por essa leitura. Parece ser bem arrastada e lenta, sabe? Não sabia tambem que o livro era reescrito. Eu gostei muito da sua resenha bem simples e objetiva, mas estou passando a leitura.

    Bjs

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  7. Olá!

    Ainda não li nada da Lucinda, mas ela é tão linda (a conheci na Bienal de SP do ano passado). Esse livro é um amor, apesar da premissa triste...

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  8. Oiii!

    Eu não li nada da autora ainda sabia?? Morro de vontade de ler, mas me falta tempo. Já sei que não vou começar por esse hahaha.
    Gostei da sinceridade na resenha!

    Beijinhos

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  9. Oi,
    Eu tenho livros dessa autora, mas nunca li nada. Eu não gosto muito de leituras lentas, acabo cansando e desistindo.
    Beijos

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