Lendo e Resenhando: A Culpa é das Estrelas - John Green

Título: A Culpa é das Estrelas

Título Original: The Fault In Our Stars

Autor: John Green

Páginas: 288

Editora: Intrínseca

ISBN: 9788580572261

Ano: 2012

" Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações." Pg. 281

Quando a Intrínseca lançou esse livro o que era gente morrendo de amores pelo John Green foi um absurdo. Todos liam e amavam esse livro, na verdade não todos, mas a grande maioria. O bichinho da curiosidade me mordeu e precisei saber o que é que esse livro tinha de tão especial pra fazer tanta gente amá-lo.

"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam." Pg. 37

A conclusão final foi que fiquei sem palavras quando li as últimas linhas dessa obra e ainda estou ao escrever essa resenha, mesmo alguns dias depois de absorve melhor tudo o que li, as palavras ainda me falta.

Aquela notinha do autor Markus Zusak na capa do livro sintetiza perfeitamente bem o que A Culpa das Estrelas é.

Hazel e Gus, dois personagens que me conquistaram de uma forma inexplicável e esse fato foi muito perigoso, dada pelas circunstâncias de suas saúdes e a nula probabilidade de que tudo acabasse bem, criar um vínculo com os personagens foi uma experiência dolorosa.

“Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros… Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.” Pg. 235

Ressaca e depressão literária foi o que A Culpa é das Estrelas me rendeu. Um dos livros mais lindos, se não o mais lindo que já li. Me fez perceber, claramente, o quanto somos frágeis.

Apesar de vemos a história pela perspectiva de Hazel, uma paciente de câncer terminal, John Green soube de forma excepcional deixar não só claras as coisas que ela sentia, mas também como todos os outros personagens que estão na vida dela, desde Gus até os seus pais, que a cada dia vivem com medo do momento em que terão que deixar a filha partir.   

"O mais estranho nas casas é que quase sempre elas são a impressão de que não tem nada acontecendo do lado de dentro, embora a maior parte das nossas vidas seja passada lá. Fiquei me perguntando se esse seria mais ou menos o objetivo da arquitetura. Pg. 130 

John Green nos faz perceber que por mais que a literatura seja um momento de nos deixar fascinados com um mundo fantástico de inúmeras possibilidades, ele também pode nos mostrar que nem todos os finais são felizes ou cheios de reviravoltas que vai tornar o final feliz.

Queria dizer que o final poderia ter mais algumas linhas ou talvez mais algumas páginas, mas assim que escrevo isso, sinto-me desconfortável porque lá no fundo, sei que acabou dá maneira que deveria ser.

Esse livro não é mais um cinco estrelas e um favorito na estante, esse livro deixou uma cicatriz, no melhor e mais positivo sentido da palavra.      

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