[Resenha] Amante Liberto - J.R. Ward

Título: Amante Liberto

Título Original: Lover Unbround

Autora: J.R. Ward

Páginas: 525

Editora: Universo dos Livros

ISBN: 9788579302107

Ano: 2011

Atenção: Esse é o 5º livro da série Irmandade da Adaga Negra. Contém spoiler de Amante Eterno (#2).

Sinopse: Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, a guerra explode entre vampiros e seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. O coração gelado de um predador será aquecido mesmo contra a sua vontade...

Destemido e brilhante, Vishous, filho de Bloodletter, possui uma maldição destrutiva e a capacidade assustadora de prever o futuro. Criado no campo de guerra de seu pai, ele sofreu maus tratos e abusos físicos e psicológicos. Membro da Irmandade, ele não se interessa por amor nem emoção, apenas pela batalha com a Sociedade Redutora. Mas, quando uma lesão mortal faz com que fique sob os cuidados de uma cirurgiã humana, a Dra. Jane Whitcomb, ele é levado a revelar a dor que esconde e a experimentar o verdadeiro prazer de pela primeira vez... Até que o destino, que V. não escolheu, o leva para um futuro do qual Jane não faz parte.

O vampiro Vishous tem a capacidade de prever o futuro e uma mão que ao tocar qualquer coisa a destrói imediatamente. Filho de um vampiro temível, foi criado apenas pelo pai e sofreu muito no acampamento de treinamento liderado por ele. Foram traumas tanto físicos como psicológicos.

Hoje, membro da Irmandade da Adaga Negra, sua força e habilidades com tecnológicas tem sido uma importante arma. Porém, em uma noite, atormentado por uma revelação da Virgem Escriba, é baleado e acaba no hospital da doutora Jane Whitcomb.

“Eu morri todos os dias por você.” Pg. 51

Sabe quando você amar uma série e acha que ela vai mandar bem até a autora decidir dar um fim a ela? Essa série é Irmandade da Adaga Negra, mas eis que pela primeira vez um livro não me agradou tanto.  Não que seja ruim, mas sentir faltas de algumas coisas e algumas atitudes dos personagens me deixam muito chateada.

Para quem acompanha a série, sabe do amor que V. sente pelo amigo Butch. E o livro começa com esse sofrimento de ele ter que aguentar o amigo com sua fêmea. Sei de um grupinho que até torcia por um casal Vishous e Butch, mas creio que quando Ward estava escrevendo esse livro ela ainda tinha na mente que todos os vampiros deviam ficar com uma mulher. Coisa que mudou depois, mas esse é outro livro, que nem li ainda.

Completando o sofrimento de V. a Escriba revela quem é a mãe dele. E o mundo do vampiro desaba culminando em sua quase morte.

A médica Jane é quem salva o cara, mas ela sabe que tem algo errado com seu paciente. Seu coração é muito diferente e ele quase mata uma enfermeira com sua mão amaldiçoada. A aparição de Jane acontece logo no prólogo e foi de partir o coração, foi logo nele que minha simpatia pela moça surgiu e já me levou as lágrimas.

Nascida em uma família rica, Whitcomb sempre foi sozinha e na sua vida adulta não é diferente. Ao salvar V. nunca poderia imaginar que seria sequestrada pelos vampiros e em seu cativeiro ter a missão de mate-lo vivo. O mais legal é que pela primeira vez a atração da mocinha pelo cara não foi instantânea. Certo que ela achava ele completamente diferente dos homens que conhece e que tem um corpo *suspiros* espetacular. O romance se desenvolve lentamente, mas quando o vampiro pega, sai debaixo, claro que Jane teve que dá um ultimato e aí as coisas rolaram.

O mais legal é que a ligação deles é mais forte, pois V. já está algum tempo sem poder prever o futuro e ler os pensamentos, mas quando Jane surge seus poderes voltam, mesmo que ele só consiga ler a mente dela.

No quesito romance as coisas foram satisfatórias como nos outros livros, porém meus problemas foram com V. querendo, mas se fazendo de difícil. Depois pelo  Phury amando uma pessoa proibida e depois de uma importante decisão ainda se remoer por esse amor. E por últimos é a falta dos redutores.

Nos outros livros sempre ficamos ligados no que está acontecendo com a Sociedade Redutora, mas aqui eles sumiram só são citados pelos Irmãos, e faz uma ponta importante e que me fez querer joga o livro na parede. Mas, e o vilão, Thiana? Sim, temos um vilão mais achei bem meia boca e fiquei com um nó na cabeça, já que era um vilão bem improvável.

Além da parte romântica acho que outros pontos alto foram o Phury, mesmo com sua paixonite, já deu um importante passo para seu livro que é o próximo, e John Matthew o vampiro em pré-transição, irmão da rainha Beth.

Gente, John foi o cara. Sabe aquele personagem que você não dá nada por ele, mesmo assim admira sua determinação, esse é ele. Nesse livro, também já somos introduzidas ao romance dele e acho que esse será o mais avassalado, pois ainda temos duas histórias antes para ficarmos de molho. E o fato de ser mudo deixa tudo mais fofo, ele é o cara que quer defender todos e ainda está sofrendo pelo sumiço de Tohr.

“- Pergunte-me quantos guerreiros são canhotos.John prendeu a respiração, com uma sensação esquisita tomando conta do corpo. Quantos?- Apenas um conhecido. Pergunte-me quem.” Pg. 467

As Escolhida também ganha espaço e creio que a partir de agora vamos conhecer mais personagens desse grupo. Já começando pela escolhida Cormia que vai ganhar mais destaque na sequência.

O final me deixou desolada e cai em depressão junto com o V. mas eis que tudo acaba bem, na medida do possível. Gente e o que V. faz, que dizer, começa fazer em agradecimento a isso me deixou apaixonada por ele. Amante Liberto não foi meu livro preferido da série, mas tem seu peso e me fez amá-lo, pois comecei odiando o V. e no final queria ele só para mim.

Avaliação: