Título
Original: Mockingbird
Autora: Kathryn Erskine
Páginas: 224
Editora: Valentina
ISBN: 9788565859134
Ano: 2013
Sinopse: No mundo de Caitlin, tudo é preto e
branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no
estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon,
sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida
desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com
isso. Ela quer ajudar o pai - a si mesma e todos a sua volta -, mas, sendo uma
menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela
não sabe como captar o sentido.
Caitlin,
que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se
volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem
repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho,
tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin
está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide
trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco,
afinal, o mundo é cheio de cores, confuso, mas belo.
Um
livro sobre compreender uns aos outros, repleto de empatia, com um desfecho
comovente e encantador que levará o leitor às lágrimas e dará aos jovens um
precioso vislumbre do mundo todo especial dessa menina extraordinária.
Sabe um livro doloroso, mas que é uma
dor que você fica extremamente feliz por está lendo? Essa foi minha experiência
com Passarinha. Sempre tive muita vontade de ler esse livro pela proposta dele ser
narrado por uma personagem que nem nas melhores imaginações de leitores poderia
ser cogitada e é isso que amo na literatura.
Caitlin tem 10 anos e Síndrome de Asperger,
é essa personagem que irá narrar a seu modo sua história. A única pessoa que a compreendia
era seu irmão Devon, mas ele foi morto quando um jovem abriu fogo conta alunos
e professores em seu colégio.
Ela sabe que seu irmão e porto seguro
não voltará pra casa, mas vemos também o sentimento que todos temos ao perder alguém
que amamos, não aceitar que aquela pessoa não está mais ali.
O livro já começa com uma nota da tradutora,
pois a vida de Caitlin é cercada de simbolismo, como assim Thiana? Por exemplo,
uma palavra como coberto pode significar apenas coberto pra nós, mas para a Caitlin
significa segurança e conforto. E ao longo da narrativa vemos muito isso
acontecer e mesmo assim não ficamos confusos é muito fácil compreender o que a
protagonista quer dizer.
Além da perda, também Caitlin tendo
que lhe dar com as pessoas sua volta, bullying e com a “pressão” para
conquistar amizades. Em Passarinha, também vamos acompanhar suas sessões com a psicóloga
do colégio Sra. Brook. Com certeza toda base para o desenvolvimento social de
Cait parte de Sra. Brook.
O pai de Cait também é figura ativa na
história, mas vamos a dificuldade dele em lhe dar com a perda do filho mais
velho e ainda ter que cuidar de uma filha especial, mas é inegável que não
falta amor nessa família. A mãe de Caitlin morreu quando ela ainda era muito
pequena, por isso vemos que também não estamos lhe dando com uma família
considerada convencional.
Ao longo do livro Caitlin busca um
desfecho para a perda do irmão e ela acredita que esse desfecho será encontrado
quando ela e o pai terminar o projeto de escoteiro que Devon estava fazendo.
Finalista e vencedor de diversas
premiações literárias, Passarinha não é um livro feito para ser uma obra prima,
mas é o que acaba sendo. Sem a pompa de livro feito para o sucesso, aqui encontramos
uma leitura profunda, que nos faz rir, chorar, refletir e em nenhum momento
traz lições predefinidas sobre como devemos nos comportar com um portador de Síndrome
de Asperger ou qualquer outra.
Simplesmente uma leitura que amei a
fazer e que com certeza recomendarei pelo resto da vida.
Agora uma coisa que me incomodou um pouco
que li muitas resenhas que dizem que a Caitlin é autista e em nenhum momento
isso foi citado, inclusive foi o contrario, já que um autista aparece na
história e a protagonista é bem clara ao falar que ela é diferente dele. Alguns
portadores da Síndrome de Asperger podem ter algum nível de autismo, mas as
duas coisas são diferentes e podem ocorrer de forma isolada.
Avaliação:
Oi!! Também tenho muita vontade de ler esse livro. Como voce mesma disse: a personagem é única. Fiquei muito curiosa para ver como é feita a narrativa pelo olhar de Caitlin. Fico feliz que gostou da leitura. Também vi resenhas que diziam que ela era autista, acho que a sua foi a primeira onde li que ela tem apenas Asperger.
ResponderExcluirBeijos!
Nerd Fox
Olá!
ResponderExcluirSempre tive curiosidade em ler esse livro e acho tão importante livros que abordem questões que na maioria das vezes nem sabemos que existimos, como doenças raras e relacionados!
Que bom que sua experiência foi tão boa, nunca vi uma resenha negativa desse livro ainda <3
Beijos,
http://ofantasmaliterario.blogspot.com.br